quarta-feira, 24 de outubro de 2012

 
 
 
 
 
 
 
conto convosco!!
 
é já na sexta-feira 26 de Outubro, às 19h, na Fnac-Chiado
 
 




os poetas

Alice Macedo Campos - Ana Hatherly - Ana Paula Inácio - Ana Salomé - António Gregório - Bénédicte Houart - Bruno Béu - Casimiro de Brito - Catarina Nunes de Almeida - Cláudia Lucas Chéu - Duarte Braga - Filipa Leal - Hugo Milhanas Machado - Inês Fonseca Santos - Inês Ramos - Joana Jacinto - Joana Serrado - João Barrento - João Bosco da Silva - João Camilo - Joaquim Cardoso Dias - Jorge Telles de Menezes - Jorge Vicente - Leila Andrade - Maria do Sameiro Barroso - Maria Sousa - Nicolau Santos - Nuno Brito - Pablo Javier Pérez López - Pedro S. Martins - Raquel Nobre Guerra - Ricardo Tiago - Rodrigo Miragaia - Romério Rómulo - Rui Almeida - Sylvia Beirute - Tiago Néné - Victor Oliveira Mateus






segunda-feira, 9 de julho de 2012









"Meditações sobre o Fim - Os últimos poemas" 

Hariemuj Editora,




já disponível nas livrarias:

- LER DEVAGAR
[ LX Factory, Lisboa. de 3ª a domingo a partir das 12h ]

- Livraria PÓ dos LIVROS
[ Avenida Marquês de Tomar, 89. Lisboa. de 2ª a 6ª das 9h às 20h, sábado das 10h às 19h ]

- Livraria BARATA
[ Av. de Roma, 11-A, Lisboa. de 2ª a sábado das 09h às 23h. domingos e feriados das 10h às 19h ]








os poetas

Alice Macedo Campos - Ana Hatherly - Ana Paula Inácio - Ana Salomé - António Gregório - Bénédicte Houart - Bruno Béu - Casimiro de Brito - Catarina Nunes de Almeida - Cláudia Lucas Chéu - Duarte Braga - Filipa Leal - Hugo Milhanas Machado - Inês Fonseca Santos - Inês Ramos - Joana Jacinto - Joana Serrado - João Barrento - João Bosco da Silva - João Camilo - Joaquim Cardoso Dias - Jorge Telles de Menezes - Jorge Vicente - Leila Andrade - Maria do Sameiro Barroso - Maria Sousa - Nicolau Santos - Nuno Brito - Pablo Javier Pérez López - Pedro S. Martins - Raquel Nobre Guerra - Ricardo Tiago - Rodrigo Miragaia - Romério Rómulo - Rui Almeida - Sylvia Beirute - Tiago Néné - Victor Oliveira Mateus






domingo, 17 de junho de 2012





 Poucas serão as palavras com a generosidade da palavra «fim». Oferece-se a qualquer circunstância, rende-se a todas e a nenhumas emoções, é física e metafísica, é história, destino e profecia, é a segunda metade do princípio e o equivalente a nada. Foram convidados 38 poetas  para que meditassem sobre o “seu” fim em três poemas, como se fossem os últimos que pudessem escrever ou transmitir na vida.

 No estertor, todo o fim é elegível.

 -----

 Apresentação deste primeiro título da HARIEMUJ Editora por Teresa Sá Couto.

 Leituras por André Gago.



  Dia 22 de Junho às 18h30 na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa.


 Apareçam!!


sábado, 28 de abril de 2012

cai. deixa-te cair. as pessoas que caem ficam com os polegares esfolados. cai. abate a tiro a realidade de um crime suportado por qualquer inquietação. cria uma emboscada e cai. não é fácil criar uma emboscada e ferir de morte a imagem. peritos em emboscadas dizem que é melhor na escuridão com os olhos feridos de luz. e a cabeça. e a boca. e os sentidos magnetizados. irrigados pela tua insuportável vulgaridade. respira. cai. a noite consente tudo.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

o homem dorme. o homem sabe escrever um livro na pressa da morte.
uma estrada invisível de um lugar de nada. o homem fecha a janela. o livro.
um segundo de silêncio em quatro patas gigantes. o amor e a morte na exaltação de um pulmão completamente cheio de oxigénio. o homem não gosta de casas pequenas.




---

domingo, 22 de janeiro de 2012




as palavras perigosas dormem com os livros e a manta recolhe bocejos
num sono decadente que não nos conduz a parte nenhuma.

saber que os súbitos desejos da memória são inférteis cordões de linho já é um começo.



------

sábado, 21 de janeiro de 2012


Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei.
Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! verdadeiro, encarnado!
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!

Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.

Mãe! ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.

Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!

Almada Negreiros, A Invenção do Dia Claro, 1921.



----




segunda-feira, 9 de janeiro de 2012





escrevo no pulso o que em movimento
queima

um espelho largo onde as mãos brilham.



-----