terça-feira, 28 de junho de 2011




a noite morde-me o tímpano

mãe

e sempre a tua mão me liga ao rosto

mãe

a tua pele é o meu cheiro

mãe

a porta é um jardim sem fim

mãe

e os dedos a constelação dos teus olhos


mãe
minha






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quinta-feira, 9 de junho de 2011




é preciso deixar passar os gatos enquanto a mágoa se enluta num outro quarto escuro.
meia-noite de lua pálida.
o sussurro da tua mão na sombra de um pente cansado. muito cansado da astúcia do tempo.

e o poço um tédio. esplendidamente fútil.


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