ardo na febre de um poeta sentado à beira-rio enquanto a chuva acena ângulos azuis devorados pelas paredes. um a um, os ângulos. e a adivinhação do silêncio desgasta-se nas barbatanas de um peixe solto dois metros à frente, no mergulho da morte.
uma luz sem fundo arrasta o tempo nos orifícios do palco. sofregamente rasgo tudo.a dor mostra-me um termómetro. evidentemente, sou um peixe. --------